sexta-feira, 3 de junho de 2011

MUDAR

Estamos a escassas horas das eleições legislativas. Apesar de muitos ainda não terem percebido, estamos em contagem decrescente para as eleições mais importantes da história democrática portuguesa. O país está de rastos, precisa de se alavancar, sob pena de se tornar “insolvente” e aumentar a sua dependência de instâncias europeias e internacionais.

Em contraponto, termina hoje uma das piores campanhas eleitorais de sempre. Quando se impunha falar com verdade aos portugueses, apresentar medidas sólidas e com largo apoio, medidas estruturais e que possam sustentar a economia portuguesa, trazendo uma mensagem de esperança, mas com os pés assentes no chão, o que assistimos foi aos ataques pessoais, à crítica comezinha, aos temas de menos importância.

José Sócrates e o PS – sendo certo que o verdadeiro problema é José Sócrates, pois se o PS tivesse apresentado outro candidato, a própria discussão e os seus resultados seriam provavelmente muito melhores – montaram o habitual palco de “teatro” de campanha. Muitos autocarros, indianos, bandeirinhas e telepontos, mas quando tocou ao discurso político, à mensagem aos portugueses, ela foi nula.

A estratégia é profissional. Focar a campanha contra o PSD – único partido capaz de protagonizar a mudança – afastando o discurso daquilo que seria natural: PRESTAR CONTAS DOS ÚLTIMOS ANOS DE GOVERNAÇÃO! -.

De mensagem de esperança do PS ouvimos zero, de medidas zero ao quadrado. Mas de mentiras ouvimos muito, de ataques pessoais e contra o maior partido da oposição, como se tivesse sido este a governar nos últimos anos e a deixar o país à beira da bancarrota.

Ainda ontem ficou clara a falta de tacto, de verdade e de bom senso de José Sócrates. Criticou a medida do PSD de baixar a TSU, “criou” um aumento de impostos no programa do PSD e afinal, o memorando (o assinado e o sem assinatura) previam precisamente essa medida como necessária e urgente para promover a competitividade das empresas e criar empregos.

Sócrates, que destruiu como nunca o Estado Social em Portugal (veja-se a comparticipação dos medicamentos, as reduções nas pensões e subsidio de desemprego e os abonos de família) andou, de cidade em cidade, a apregoar o “monstro social” do PSD. Que este partido iria acabar com o estado social. Mas curiosamente, é o PSD o único partido a apresentar medidas sérias de apoio social, dedicando mais de sete páginas do seu programa a esta área, com medidas sérias e concretizáveis.

Passos Coelho e o PSD têm uma equipa séria, que junta gente jovem, com determinação e as pessoas que durante anos têm dado a cara e emprestado o seu conhecimento ao partido e que, historicamente, estão todos ao lado do líder – Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite, António Capucho, Luis Marques Mendes, Paulo Rangel, Luís Filipe Menezes, Pinto Balsemão, entre muitos outros -. Creio sinceramente que Passos Coelho terá o bom senso e o pulso forte para acabar com caciquismos, com amiguismos e favores, e constituir um governo menor, mas mais forte e competente e um estado igualmente focado nas áreas essenciais de actuação na sociedade, acabando com o despesismo inútil e improdutivo a que assistimos em diversos organismos desconcentrados e estado central.

E agora que se aproxima a hora de nós, verdadeiros titulares do poder político, irmos exercer a nossa vontade de representação, há que apostar na MUDANÇA.

Se Sócrates ganhar as eleições será o maior retrocesso democrático em Portugal. O país continuará na mesma – muito mal -, com os mesmos protagonistas, com as mesmas politicas que nos conduziram até aqui.

E não nos valerá a experiência destes senhores (claramente demonstrada, mas em sentido negativo) em contraponto com uma suposta inexperiência de PPC. Estar na vida empresarial, esforçar-se para manter e aumentar postos de trabalho, criar riqueza para o país e as famílias, pagar impostos e preocupar-se diariamente com a gestão de muitas empresas não é para o PS sinal de competência! Pois não, sobretudo quando a esmagadora maioria destes senhores sempre viveu encostado a um vencimento do estado, que chega sempre a tempo e horas! E talvez uns projectos de moradias, umas trocas de assinaturas, uns licenciamentos em zonas ecológicas e uma licenciatura ao domingo sejam efectivamente sinal de experiência e muita… para governar um país!

Só o PSD pode protagonizar a mudança em Portugal. Precisamos de votar no PSD, que está preparado para governar e bem. Devemos combater, junto dos nossos amigos, a abstenção e os votos não úteis.

Na minha opinião, concebo que os eleitores de esquerda se possam rever e bem na CDU. Este partido cumpre com aqueles ideais (talvez mais criticáveis na forma e na expressão, do que propriamente no conteúdo), é critico e uma oposição consciente . Acredito com determinação que o eleitorado de centro, que está cansado de Sócrates, lhe mostre o cartão vermelho, levando à sua humilhação eleitoral para que nem sequer ocupe o lugar de deputado e líder da oposição destrutivo. E só o pode fazer votando no PSD.

O PP não é alternativa. Continua a ser um partido muito à direita, apesar dos desvios eleitoralistas que tem feito, que será perigoso com um peso eleitoral expressivo, com ideias já transmitidas de chefiar governo. Poderá ser um bom parceiro para o PSD, tem gente competente, mas não poderá ter um peso eleitoral que possa permitir demasiadas exigências. PPC será o Primeiro Ministro que conduzirá as linhas de actuação do governo e as politicas de maior e mais urgente intervenção.

O voto de mudança é pois no PSD. O voto de esperança para Portugal é no PSD. E digo-o com muita convicção. Ouço e lido com muitas pessoas. Sei o estado em que se encontram as finanças de muitas famílias. Conheço as carências sociais. Ouço diariamente as dificuldades que as empresas atravessam por falta de apoios e políticas.

No dia 5 de Junho ninguém deve ficar em casa. É preciso MUDAR!